Minha experiência pela primeira vez com as metodologias ativas de ensino-aprendizagem voltadas a EPT, ministrada pelo Prof. Dr. Antonio foi bastante agregadora, desafiadora e totalmente diferente de todas pedagogias que já havia participado na condição de sujeito aprendente, em meu ensino médio e superior. Possuo uma graduação diferente da maioria da turma, que é voltada especificamente à educação de crianças, jovens ou adultos, minha área de formação é uma ciência representada como quantitativa e, apesar de tb ser uma ciência social, o enfoque brasileiro das Ciências Contábeis se afastam muito de fazer refletirmos sobre o produto que entregamos a sociedade como um todo, visando um projeto social mais humanizado, que não se limite apenas às determinações econômicas objetivas de uma ciências de números e estatísticas, análises de variáveis financeiras, etc. Tal projeto de integração que contemple todas as dimensões do estudante, trabalho, educação, tecnologia e cultura mostrou ser muito bem contemplado nesta semana de intensas atividades.
As diversas metodologias ativas que nos foram apresentadas (para mim principalmente que não as conhecia) ou relembradas aos colegas professores, as grandes possibilidades de integração que as novas tecnologias da informação e comunicação oferecem como ferramentas de ensino-aprendizagem que integrem os alunos de uma forma participativa, colaborativa, dialógica, criativa, desafiadora, integradora. O desafio foi a criação de um curso de um mês voltado a adultos que pararam de estudar. Toda a construção do curso empregou as diversas metodologias ensinadas: Discurso NABC, Braimstorming, KWL, Value Clock, Mapa de Empatia, Objetivos de Aprendizagem, Aprendizagem baseada em projetos, Taxonomia de Bloom, Learning moments, entre outras várias que certamente irei estudar com mais profundidade por serem muito interativas e produzirem um conhecimento verdadeiramente significativo. O foco foi a interdisciplinaridade pensada na ênfase em formar competências e habilidades e não em conteúdos desconexos dos currículos. Não pude participar de todas aulas em virtude de meu trabalho, mas em todas que consegui participar, obtive novas experiências, nem todas tranquilas, mas penso que a verdadeira mudança parte de desafios em que nos permitimos sair da zona de conforto; em ter coragem e intrepidez de saber que nossa viagem está no meio de um mar revolto, nosso navio está furado e nossa tripulação está em conflito e apuros. Estes momentos são enriquecedores! Enfim, a perspectiva de construir a educação em colaboração, fugindo à educação bancária (somente transferência de conhecimentos pelo professor), visando formar um cidadão pleno, crítico, reflexivo, consciente, colaborativo, que visa transformar a si e a sua sociedade através da práxis (teoria e prática integradas para um objetivo social construtivo) foi para mim uma experiência FANTÁSTICA!!!! Obrigado professor e colegas pelo aprendizado que me proporcioaram! Certamente saímos desse desafio mais preparados para a educação do século XXI (conhecer, conviver, fazer e ser - Jacques Delors)!
Vou comentar diretamente em seu texto:
ResponderExcluir...obtive novas experiências, nem todas tranquilas, mas penso que a verdadeira mudança parte de desafios em que nos permitimos sair da zona de conforto; em ter coragem e intrepidez de saber que nossa viagem está no meio de um mar revolto, nosso navio está furado e nossa tripulação está em conflito e apuros. Estes momentos são enriquecedores!
Entende agora a importância do Desenvolvimento de Times de Tuckman? Quando tudo está um caos (segunda etapa - Storming), o professor deve intervir para trazer calma e estabelecer um canal de comunicação dialógico entre os membros do time. Não evite o conflito, não o varra para baixo do tapete (Como diria o professor Fullan!). Pois, é justamente nele em que estão as oportunidades de aprendizagem.
Exatamente, os problemas e diferenças de opinião e conflitos têm tb seu efeito pedagógico de estimular as capacidades emocionais-racionais afim de buscarem um equilíbrio com sensatez, ponderação e diligência, a mediação destes inevitáveis contrastes deve ser resolvida com ajustes finos a fim de focar a solução criativa e o consenso (ainda que não absoluto), mas na perspectiva que todos devem ceder um pouco a fim de garantir que seu time seja unido, forte e democrático (as minorias possuem direito assim como as maiorias e tb devem ser de alguma forma ouvidas e consideradas), nisso se baseia grande parte das concepções de democracia X representatividade numérica, que a meu ver, é uma inversão de conceitos persistente em nosso país desde a emergência da fragmentação social em classes pelo trabalho e pela educação no regime capitalista, o qual devemos combater!!!
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